Escrito em: 04 de abril de 2024
Por: Matheus Borges Freire Pereira
As frondes pecopterídeas, são um grupo de samambaias exclusivas do período Paleozoico, apesar disso, seu primeiro registro foi datado no final do Mississipiano, há cerca de 350 milhões de anos. As folhas de Pecopteris são pequenas, têm uma aparência simples e o padrão de veias são as principais características que as distinguem. Neste estudo, as coletas de amostras e dados de campo foram realizadas na bacia sedimentar do Paraná, mais especificamente na Formação Teresina, caracterizada por rochas com grãos finos como os siltitos, e arenitos finos.
Apesar de estarem espalhadas pelo mundo, várias formas das folhas de Pecopteris foram encontradas na Bolívia, Argentina e no Brasil durante o Paleozoico, causando debates devido à diversidade de registros e preservação. Cientistas usaram critérios visuais para reduzir os morfotipos, mas pequenos pedaços e diferentes estágios de desenvolvimento aumentaram a contagem do número de espécies. Isso levou a várias revisões nas classificações das folhas. Pecopteris é conhecido por ser um grupo amplo que engloba características do Paleozoico Superior da Bacia do Paraná, e suas folhas férteis geralmente estão associadas a estruturas reprodutivas.
Durante o Paleozoico, as frondes pecopterídeas eram comuns nos domínios paleofitogeográficos gondwânicos, mas desapareceram durante uma extinção no limite Permiano-Triássico. No Permiano, essas plantas eram subjugadas por outras na região oeste do Gondwana. Elas eram encontradas globalmente, com distribuição variável ao longo do tempo. No início do Permiano, eram predominantes no Brasil, especialmente no estado de São Paulo. Os gêneros Pecopteris, Asterotheca e possivelmente Dizeugotheca têm semelhanças e diferenças na aparência e densidade das folhas. As frondes pecopterídeas são classificadas em dois gêneros principais: Pecopteris e Dizeugotheca. Asterotheca é a mais antiga registrada para o Permiano na Bacia do Paraná, embora algumas tenham sido realocadas para o gênero Pecopteris devido à sua polimorfia.
Texto fonte: CAMBRIA, Vittor et al. Elementos de frondes Pecopterídeas do Permiano do Extremo Sul da Bacia do Paraná, Brasil. Terr@ Plural, v. 15, p. 1-17, 2021.
Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18261
DOI:https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18261
Fonte e legenda da imagem de capa: Figura 2 do artigo. Elementos de frondes Pecopterídeas do Permiano do Extremo Sul da Bacia do Paraná, Brasil
Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18261
Texto revisado por: Ruan Honorato Marzano Cintra, Alexandre Liparini, Sandro Ferreira