Escrito em: 08 de abril de 2023
Por: Maria Clara Prates de Abreu
Belo Horizonte, cidade em que o campus central da UFMG de localiza, é famosa por suas atividades culturais, sociais e artísticas. O que muita gente (infelizmente) ainda não sabe é que a cidade também possui ótimos museus e espaços dedicados à ciência.
Alguns exemplos são o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB/UFMG), o Museu de Ciências Naturais da PUC e o Espaço do Conhecimento UFMG. Nesses três espaços, exposições sobre dinossauros, fósseis, história natural e vários outros temas (paleontológicos ou não) enchem os olhos dos visitantes de todas as idades. Os visitantes têm a oportunidade de aprender paleontologia de uma forma divertida e lúdica, com exemplos visuais e interativos.
No artigo referenciado, de Leonardo Vasconcelos de Souza (2015), o papel desses museus no ensino da biogeografia e da paleontologia é amplamente discutido. O autor cita uma frase da Associação dos Geógrafos Brasileiros: “Atividades de campo podem ser mais valiosas do que aquelas ministradas estritamente dentro do âmbito escolar. É fora dos muros da academia que os alunos (e também os professores) podem visualizar os conteúdos abordados em sala e transpor sobre eles seu próprio olhar de mundo” (AGB, 2006).
Especificamente falando sobre o Espaço do Conhecimento UFMG, localizado na Praça da Liberdade, a exposição permanente “Demasiado Humano” se inicia com uma linha do tempo do universo, começando no Big Bang, passando pelo surgimento da vida, pela época dos dinossauros, até chegar no surgimento do ser humano. Estão expostas réplicas de fósseis de animais que viviam na Pangeia, como o Rincossauro, que, de acordo com os mediadores, é a estrela do museu. Também estão presentes réplicas de animais da era do gelo: a preguiça gigante, o mastodonte e vários outros. Além disso, há uma árvore da vida que ocupa uma parede inteira e mostra a relação entre os seres vivos e sua origem única. Essas exposições permitem discussões sobre a diversidade da vida, história natural, preservação ambiental, fósseis, entre vários outros temas, e é direcionada para todas as idades, mas principalmente para o público infantil.
A divulgação científica realizada pelos museus de ciência, principalmente estes ligados às universidades, é extremamente importante para que a sociedade compreenda o que é feito pelos pesquisadores e o benefício de investir na tríade de ensino, pesquisa e extensão.
Texto fonte: Souza, L, V; Padoan, L, L, F. (2015) Divulgação científica e educação: a biogeografia em museus de ciências. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – REGET, V. 19, n. 1,, p.186-193, <http://dx.doi.org/10.5902/2236117015689>. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/15689/pdf> Acesso em: 21/06/2024.
Fonte e legenda da imagem de capa: Exposição “Extratos do tempo” no Espaço do Conhecimento UFMG, mostrando a origem e evolução do universo e fazendo um zoom no surgimento do Homo Sapiens. Figura 2 do artigo. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/15689/pdf> Acesso em: 21/06/2024.
Texto revisado por: Luiza Leite e Alexandre Liparini.