As Extinções em Massa ao Longo da História da Terra e a Influência Antrópica

Escrito em: 10 de abril de 2023

Por: Raffaela Lucchesi Duarte

Ao longo dos milhares de anos da existência da Terra e dos seres vivos que habitam nela, ocorreram diversas extinções em massa, um fenômeno natural onde ocorre o desaparecimento significativo de uma quantidade de biodiversidade, desencadeado por diferentes razões.

Um dos episódios mais catastróficos da história da Terra ocorreu no final do Permiano, há cerca de 250 milhões de anos, quando cerca de 70% a 95% de todas as espécies foram extintas. Um dos agentes desencadeadores dessa extinção em massa foi  a diminuição do nível do mar. Isso resultou em uma diminuição de habitat e, consequentemente, em um aumento da competição entre as espécies marinhas.

Além desse cenário, durante o período Triássico e Jurássico, há aproximadamente 200 milhões de anos, ocorreu uma extinção considerável, principalmente de répteis, devido a grandes mudanças climáticas associadas à separação definitiva do supercontinente Pangeia.

No entanto, foi somente no final do Mesozoico, mais especificamente no Cretáceo, há 66 milhões de anos, que houve a perda de muitos dinossauros. Acredita-se que devido ao impacto de um cometa que atingiu a região onde atualmente está o México. Contudo, é sabido que tal asteroide não foi o único fator que contribuiu para o desaparecimento dessas espécies.

Após esse período, a Terra experimentou grandes mudanças climáticas, com ciclos de períodos glaciares que provocaram uma sazonalidade de temperaturas e alterações dos níveis do mar. A partir dessa condição, algumas espécies se beneficiaram, como os tigres-dente-de-sabre, que acabaram dominando grande parte da África e das Américas. Tal situação acarretou na diminuição da megafauna de grupos mamíferos, uma vez que essas espécies tinham longas gestações e eram predadas por grupos de carnívoros. 

Além disso, a megafauna começou a desaparecer gradativamente na presença do Homo sapiens, possivelmente devido à caça desses animais, bem como zoonoses epidêmicas e mais recentemente as mudanças climáticas. É fundamental ressaltar como o ser humano foi prejudicial para a megafauna, já que atualmente o número de espécies e a quantidade de indivíduos representantes dela são baixos e normalmente são mais encontrados apenas na África.

No entanto, sabe-se que durante um período, há poucos milhares de anos, a América foi amplamente povoada pela megafauna, como a presença de mamutes e leões. Já mais recentemente, a partir do século XV, os europeus promoveram um aumento da caça e da pesca em diferentes localidades do planeta, além de terem introduzido espécies exóticas e levado diversas zoonoses para diversos locais, o que também afetou grande parte da fauna e flora locais. 

Em conclusão, o estudo das extinções e da história da Terra é fundamental para preservar a biodiversidade das espécies da fauna e da flora de forma adequada.

Texto fonte: Barreiros, J. P. (2012). Extinções, evolução e o impacto de Homo sapiens a partir do ano 1000 A.D. Atlântida : Revista de Cultura. 57: 1-16. ISSN 1645-6815.

Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.3/1572 acessado em: 10/04/2023.

Fonte e legenda da imagem de capa: Foto de um registro fossíl (ossada) de ”Mammuthus columbi”, espécie já extinta.


Texto revisado por: Cíntia Silva, Sandro Ferreira e Alexandre Liparini.

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