21 de novembro de 2021
Por: Sarah Morais de Souza
Nas ultimas décadas, houveram grandes avanços nas ciências biológicas. Isso se deve a um melhor entendimento de áreas do conhecimento relacionadas à origem e à evolução da vida. A primeira delas é a biologia molecular, que estuda as coisas em escala de moléculas, com foco celular; A segunda é a paleontologia, que estuda os seres que viveram no passado da Terra e suas relações com os atuais existentes, por meio de fósseis, e de suas relações. Hoje, com os novos recursos existente, ambas as disciplinas se complementam e auxiliam uma no entendimento da outra.
A paleontologia é um ramo que fornece informações sobre caracteres de organismos (fenótipos) no espaço e no tempo, essas informações de registros fósseis (vida, comportamento e a forma que morreram) são organizadas para poder analisar as relações entre esses indivíduos em grupos.
Na atualidade os seres vivos existentes, são uma parcela reduzida do que já existiu, e somente considerar eles na hora de estudar as relações filogenéticas pode nos conduzir a errar, como por exemplo, não considerar as extinções. Por isso os fósseis são importantes, eles ajudam a entender, ampliando as relações que conduziram as espécies às mudanças para que se tornassem como vemos hoje, pois, eles informam sobre a sequência, formas intermediárias de seres vivos que evoluíram até a atual forma.
TEMPO
Taxas de variações taxonômicas, podem ser analisados apenas com organismos vivos, mas para uma real compreensão dos fatos e das variações é fundamental estudar os organismos que existiram também. Importante também para entender toda a história evolutiva é unir áreas de conhecimento, como a filogenia, a paleontologia e dados moleculares.

Durante a história da terra existiram também extinções, que nos leva a compreender o impacto do desaparecimento de espécies no planeta, e que, mudanças no meio ambiente, como por exemplo, temperatura e umidade, podem trazer uma série de consequências aos organismos vivos. Um exemplo disso foi o resfriamento polar cenozoico, que extinguiram muitas espécies marinhas. O registro fóssil pode então nos auxiliar na compreensão de mudanças climáticas e na administração dos recursos que temos, para a preservação.
ESPAÇO
O registro fóssil nos ajuda a entender a história biogeográfica e ambiental dos grupos de organismos que existiram e que ainda existem, que seria impossível entender, com clareza, sem esse registro. Um exemplo disso é que, novidades evolutivas e clados principais (grupo de organismos originados de um único ancestral comum) se formaram em baixas latitudes.
FUTURO DO REGISTRO FÓSSIL
Existe uma ampla gama de possibilidades sobre as informações que podemos obter do registro fóssil, especialmente quando posto ao uso de novas tecnologias. Ele ainda pode ajudar a desvendar muito sobre a história da vida na terra.
Glossário:
Fóssil: são restos ou vestígios de animais e vegetais preservados em rochas. Restos são partes de animal (ex.: ossos, dentes, escamas) ou planta (ex.: troncos) e vestígios são evidências de sua existência ou de suas atividades;
Taxonomia: Está relacionada com a classificação dos seres vivos. Classifica e ordena os objetos em categorias.
Cenozoico: Tempo geológico que se iniciou a aproximadamente 65,5 milhões de anos até o presente.
Artigo fonte: David Jablonskia, and Neil H. Shubinb. (2015). The future of the fossil record: Paleontology in the 21st century. PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences of the Unitated States of America, v. 112, n. 16, pp. 4852-4858. DOI: 10.1073/pnas.1505146112 <Clique aqui para acessar o artigo>
Fonte e legenda da imagem de capa: Imagem ilustrativa sobre o tempo geológico. Imagem extraída do site universidadedocoração.org > grande sintese > editora ecos > ecos da ciencia criancas > Tempo Geológico <link>.