As Grandes Extinções

02 de julho de 2022

Por: Katharine Rodrigues

As extinções são partes importantes do processo evolutivo, pois permitem o surgimento de novas espécies e um controle de indivíduos no planeta. Através do registro fóssil, são feitas reconstruções de como era o planeta há milhões de anos atrás e é possível saber se ocorreram extinções ao longo do tempo. As verdadeiras causas das extinções das espécies fósseis são difíceis de determinar, mas podemos deduzir algumas, tais como: erupções vulcânicas, anoxia nos oceanos, destruição de habitat, temperatura do planeta, eventos catastróficos, invasão de habitat, elementos patogênicos, entre outros. As causas das extinções que ocorreram foram eventos naturais.

As extinções em massa são aquelas em que um número grande de espécies é eliminada em um curto espaço de tempo geológico, em grandes áreas geográficas e podendo abranger a Terra toda. Em uma extinção em massa pode ocorrer a diminuição de uma espécie, sua eliminação total ou até mesmo não ser afetada. Na história da vida na Terra são reconhecidas cinco extinções em massa em períodos diferentes.

Destas cinco, a segunda extinção mais intensa ocorreu no final do Ordoviciano e atingiu a vida marinha. Sua causa foi uma intensa glaciação levando a uma mudança de clima e habitat e em consequência da glaciação, houve um a redução do nível do mar. A terceira extinção mais intensa ocorreu no Devoniano. Suas causas não são definidas com clareza, mas supõe-se que foi devido à queda da temperatura, anoxia nos mares e redução de gás carbônico. A maior de todas extinções ocorreu no Permiano e afetou a vida terrestre e marinha em grandes proporções. Sua causa foi um extremo vulcanismo, levando a uma redução de oxigênio atmosférico, aumento da temperatura, e liberação de gás metano presente no fundo dos mares. A quarta extinção mais intensa ocorreu no Triássico e afetou tanto a vida terrestre quanto a marinha. Suas causas foram o aumento de gás carbônico, vulcanismo e aquecimento do planeta. A quinta extinção mais intensa ocorreu no Cretáceo e levou a eliminação dos dinossauros. Suas causas são o impacto de um meteorito, vulcanismo, recuo do nível do mar, diminuição do oxigênio atmosférico, além de alteração da composição do ar atmosférico.

Há algum tempo estamos lidando com inúmeras mudanças ambientais e perdas de diversidade e de quantidade de espécies. Isso poderia sugerir o caminho de uma sexta extinção em massa? Essa é uma pergunta que vem sendo feita com muita frequência e que não se sabe uma resposta concreta. As extinções duraram um período de tempo geológico curto, alguns milhões de anos, portanto, prever algo assim na atualidade, em pouco tempo passado quando comparado aos milhões de anos, como nas outras extinções, é extremamente difícil.

Artigo fonte: Câmara, I. de G. (2007). Extinção e o Registro Fóssil. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, v. 30, n. 1, p. 123-134. Disponível em: https://ppegeo.igc.usp.br/index.php/anigeo/article/view/5302 . Acessado em: 07/02/2023.

Fonte e legenda da imagem de capa: Cratera de Chicxulub – Local de impacto do meteorito associado a extinção do Cretáceo. Imagem de: Mark Garlick / SPL / Imago. Extraída de http://www.nzz.ch. Disponível em: https://www.nzz.ch/wissenschaft/fossilien-massengrab-nach-einschlag-der-dinosaurier-ausloeschte-ld.1471946?reduced=true. Acessada em: 07/02/2023.

Publicado por Alexandre Liparini

Mineiro, gaúcho, sergipano, e por que não, alemão? No caminho sempre a paleontologia como paixão e agora como profissão. Adora dar aulas e pesquisar sobre origens e evolução. Se esse for o tema, podem perguntar, por que não?

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